Creditares fomenta ‘Agro Bankers’ para facilitar empréstimos.
Desde o ano passado, a empresa já aprovou R$ 150 milhões em operações de crédito para o campo.
A agtech Creditares tem apostado no compartilhamento de informações promovido pelo open banking para ampliar as fontes de financiamento aos produtores rurais no país. Desde o ano passado, a empresa já aprovou R$ 150 milhões em operações de crédito para o campo.
Desde o início do ano, a Creditares começou a treinar os chamados “Agro Bankers”, profissionais que atuam nos mais diversos ramos com interface com o setor agropecuário, para atuar no mercado financeiro do agronegócio. A partir daí, eles passam a ter acesso à plataforma tecnológica Agro Open Bank, desenvolvida pela fintech, e podem oferecer novas formas de crédito rural.
Os Agro Bankers são escritórios de investimentos, projetistas de crédito, consultores agropecuários, contadores, advogados, representantes técnicos de vendas, autônomos e demais agentes do mercado. Na plataforma, eles acessam linhas de custeio, investimento, comercialização e estocagem de mais de 20 instituições financeiras, além de operações de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAS), Fundos de Investimentos nas Cadeias do Agronegócio (Fiagros) e opções em dólar
para oferecer aos seus clientes.
Já são mais de 20 Agro Bankers especializados, disse José Corral, CEO da Creditares. A expectativa é encerrar o ano com mais de 100. A cada negociação concretizada, esses profissionais são remunerados. “O Agro Banker tem à disposição a funcionalidade da plataforma, que faz toda análise de risco de crédito do produtor, o que entrega transparência, previsibilidade e segurança a quem busca financiamento, a quem fornece e a quem conecta ambos”, disse.
Corral diz que o formato de open banking, aprovado pelo Banco Central, é uma evolução para o agronegócio, pois o compartilhamento de informações encurta a jornada de captação e melhora a qualidade das informações necessárias para a boa análise de risco de crédito.
Além das informações financeiras, diz, a análise requer compreensão sobre o perfil de gestão e da governança do negócio, bem como dos indicadores agronômicos e zootécnicos e do compliance fundiário e socioambiental do produtor rural
A Creditares busca capturar, analisar e validar os dados da atividade agrícola para quem libera os recursos, dentro das regras da Lei Geral de Proteção de Dados e seguindo normas de segurança das informações. “O grande vilão do crédito no agro é a assimetria de informações que faz com que os agentes financeiros não consigam avaliar bem o risco do tomador”, afirmou.
Matéria publicada no Valor em 07/03/2023