O governo federal cortou recursos previstos no Plano Safra 2022/23 para o Moderfrota, principal programa de financiamento de máquinas agrícolas do Brasil, bem como de outras linhas de crédito para investimentos no campo, como as dos programas Inovagro, Moderagro, ABC, Procap-Agro, Prodecoop e Proirriga, a fim de garantir ao Pronaf (programa voltado a agricultura familiar) R$ 1,8 bilhão de um total adicional de R$ 6,54 bilhões. A informação foi divulgada pela “Agência Estado”.
Conforme despacho da Secretaria do Tesouro Nacional publicado na última segunda-feira (15), a Caixa teve os montantes de recursos equalizáveis de diversas linhas de investimentos reduzidos a zero, sem remanejamento para que outros bancos ofertassem o dinheiro pelas mesmas linhas.
No caso do Moderfrota, o total que seria ofertado pela Caixa e que deixará de chegar aos produtores é de R$ 1,4 bilhão. Ainda considerando a Caixa, outras linhas perderam 100% dos recursos previstos para a safra 2022/23 foram a “Investimento Empresarial”, que tinha previsto cerca de R$ 1,462 bilhão; a do programa Inovagro, que contava com R$ 650 milhões; Procap-Agro, ao redor de R$ 1,822 bilhão; Prodecoop, em toro de R$ 1,898 bilhão; Proirriga, R$ 852,714 milhões; Moderagro, R$ 130 milhões; ABC+ Ambiental, R$ 345 milhões.
O BNDES também foi alvo de alterações nos limites de recursos equalizáveis pelo Tesouro. No caso da linha de custeio empresarial, o limite foi cortado pela metade, de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,2 bilhão. Já nas linhas PCA, de financiamento de silos e armazéns, e ABC, houve acréscimo. No PCA com taxa de 8,5% ao ano o limite subiu de R$ 236,047 milhões para R$ 514,484 milhões; do PCA com 7,0% ao ano, saiu de R$ 157,423 milhões para R$ 317,523 milhões.