Com o fim do vazio sanitário na última quinta-feira (15) no Mato Grosso, o sinal verde para o início do plantio da safra 2022/23 está dado no estado. Recordando, o vazio sanitário é o período em que é proibida a manutenção de plantas vivas no campo, como uma medida de combate à disseminação do fungo da ferrugem asiática, principal doença que ataca o cultivo da soja.
A expectativa é de uma safra cheia, com bom nível tecnológico nas lavouras, lucratividade positiva, sobretudo pela demanda contínua pela oleaginosa, ainda que a estiagem tenha impactado a produção da temporada passada e os preços dos insumos, em particular dos fertilizantes tenham registrado significativa alta.
No total, a área destinada à soja deverá ser de 43 milhões de hectares, avanço de 3%, projeção que se for confirmada significará o 16º ano consecutivo de crescimento, indicam números da consultoria DATAGRO. A produção tem potencial para ultrapassar 150 milhões de toneladas, superando, e muito, a colheita do ciclo anterior, que ficou em 126,6 milhões.
A despeito do otimismo, a comercialização antecipada da safra segue lenta, inferior ao percentual verificado em igual data do ano passado. Até o momento, cerca de 16,2% da produção prevista de soja para a safra 2022/23 está vendida, contra 23,2% de 2021. No Mato Grosso, a comercialização chega a 26,67%, destaca o Imea.
Elevação dos custos, incertezas sobre o padrão climático predominante para o ciclo, eleições e a possibilidade de que os preços possam ainda subir em algum momento até a entrada da nova safra no mercado são os fatores que vêm dando um ritmo menor à comercialização.
Mais e melhor crédito para a nova safra
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