Primeira operação registrada na B3 levantou cifra próxima a R$ 50 milhões, aumentando o portfólio de instrumentos de captação de recursos privados para o agronegócio
*Por Conteúdo Creditares
As operações por meio dos Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagro) começaram a ganhar corpo. A primeira oferta registrada na B3 levantou cifra próxima a R$ 50 milhões, e outras estão sendo endereçadas.
Instituído pela Lei 14.130/2021, o Fiagro surge com o objetivo de ampliar o portfólio de instrumentos de captação de recursos privados para o agronegócio. Do ponto de vista do investidor, um fundo possibilita a diversificação do risco assumido, o que tende a ampliar a liquidez do mercado. É um instrumento complementar a outras formas de financiamento que os agentes do agronegócio, incluindo os produtores rurais, já podem tomar.
“O Fiagro surge como um novo instrumento para financiar o produtor rural”, disse o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, nesta última quinta-feira (9), em webinar realizado pela entidade em parceria como Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA).
Já o presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, deputado José Mário Schreiner (DEM-GO), afirmou que a política de crédito oficial brasileira é importante para a atividade, porém financia apenas 30% do volume necessário para a safra. “Por isso defendemos constantemente a busca por novas fontes de financiamento. O Fiagro é uma ferramenta, um instrumento, que veio pra ficar e vai colaborar muito para o financiamento no setor”.
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Crédito rural
Autor do Projeto de Lei que criou os fundos de investimento no agronegócio, o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) afirmou que o Fiagro não só revoluciona os investimentos no setor, mas também o mercado de capitais. “Os fundos vêm para criar instrumentos mais estáveis. Uma das vantagens de o produtor ter o imóvel integrado a um fundo é a segurança jurídica, pois ele passa a repensar sua relação de arrendamento”, afirmou.
De acordo com os especialistas duas questões se sobressaem com o surgimento do Fiagro: governança e transparência. A governança é considerada um pré-requisito do mercado de capitais, pois o investidor lá na ponta vai demandar. E a transparência é um ponto que tende a favorecer o mercado como um todo, já que tem efeito na precificação dos produtos e em como as transações estarão sendo feitas, criando um ambiente amigável para os produtores acessarem recursos.
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